Qual será o mais difícil problema do mundo? Será a fome, a miséria, as enfermidades, os desvios morais?
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Certa feita, um pai surpreendeu os filhos numa discussão acalorada, onde justamente o que discutiam era a respeito do problema mais complicado a ser resolvido.
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Chamou os três rapazes e confiou uma tarefa a cada um. Ao primeiro, deu um rico vaso de argila, ao segundo uma bela corça, e um bolo decorado em uma bandeja de prata ao terceiro.
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Os presentes se destinavam ao príncipe que os governava e tinha seu palácio à distância de três milhas.
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Logo que iniciaram o trajeto, a discussão começou. O que levava a corça reclamava da forma como o irmão segurava o vaso.
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Este, por sua vez, dizia que o irmão desajeitado era o que estava com o bolo, que não concordava com a maneira que a corça era conduzida.
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Este, por sua vez, dizia que o irmão desajeitado era o que estava com o bolo, que não concordava com a maneira que a corça era conduzida.
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Seguiam pela estrada devagar, cada qual observando e fazendo reparos no outro.
Em um certo trecho do caminho, o que segurava o animal pela corda, decidiu ajeitar o vaso nas mãos do irmão.
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Pega aqui, vira ali, o vaso acabou caindo e se espatifando nas pedras.
Com o barulho, o pequeno animal se assustou, puxou com força a corda, libertou-se e fugiu.
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O que segurava a bandeja saiu a correr, tentando alcançar a pequena corça, que se embrenhou na mata próxima.
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O resultado foi que perdeu o equilíbrio e derrubou a bandeja.
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Os três retornaram tristes para casa, relatando ao pai o acontecido. Ao mesmo tempo, estavam envergonhados por não terem conseguido atender a ordem paterna.
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O pai ouviu as suas lamentações e os detalhes da história. O pai sábio, falou:
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Aproveitem o ensinamento da estrada. Se cada um de vocês estivesse atento para com sua própria tarefa, não teriam fracassado.
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O mais difícil problema do mundo, meus filhos, é o de cada homem cuidar dos próprios negócios, sem se intrometer nos alheios.
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Enquanto ficamos preocupados com o que o outro tem a fazer, as nossas responsabilidades são esquecidas.
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Enquanto ficamos criticando as ações alheias, esquecemos de observar as nossas próprias, que quase sempre traduzem desacertos e irresponsabilidade.
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Talvez você precise hoje, neste momento, refletir sobre suas ações.
Não tenha medo nem vergonha, vista a carapuça e de um passo a mais na sua conversão.
(Jurandy José)
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